terça-feira, 2 de junho de 2015

Investigado em operação da PF, deputado teme por segurança

Investigado em operação da PF, deputado teme por segurança
Investigado por extração irregular de turmalina, deputado nega riqueza e teme por segurança 


O deputado estadual João Henrique (DEM), que foi citado pela Procuradoria Geral da República entre os investigados por supostas irregularidades na extração da pedra turmalina paraíba, ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba, nesta terça-feira (02), para apresentar sua defesa e esclarecer que não é um dos homens mais ricos do Estado, como fez transparecer as investigações das autoridades federais na última semana.

Em um pronunciamento que durou mais de 15 minutos, o parlamentar lamentou a exposição de seu nome, de forma irresponsável, dando conta de que ele poderia ser um milionário da turmalina, o que poderia, e pode,  segundo ele, chamar a atenção de “marginais”.

O parlamentar disse que agora teme pela segurança dos parentes, pois não teria condições de pagar nenhum resgate em caso de sequestro.

No discurso, João fez questão de lembrar a história de sua família e explicou que herdou a empresa que extrai turmalina da família, no entanto, agora terá que andar com seguranças, seus filhos terão que se mudar da região, e toda a segurança de parentes deverá ser reforçada por conta desse episódio.

Em um dado momento da fala, o parlamentar sugeriu, até mesmo, que a Polícia Federal pagasse a segurança da família Henrique, por ter sido ela uma das responsáveis pela exposição à insegurança.

O deputado investigado lamentou a apologia a riqueza feita durante as investigações e, inusitadamente, mandou um recado para os marginais.

“Senhores marginais não é verdade essa apologia a riqueza, pelo amor de Deus, não vão sequestrar a mim, nem a minha mulher, nem os filhos meus, porque vocês vão matar e não vão receber o resgate. A forma como foi maldosamente posto meu caso na imprensa é lamentável, meu nome foi jogado na lama”, desabafou.




CONFIRA UM TRECHO DO DISCURSO


“Fui declarado como um dos homens mais ricos da Paraíba, quiçá do Brasil. Isso foi o que eles deram a entender. Eu não sei de onde vem tamanha maldade. Me colocaram em perigo, agora eu vou ter que andar com segurança e quem tem que pagar, não sou eu, é a polícia federal. 

Foi ela quem me jogou nesta situação e o procurador da República. Minha mulher, Edna Henrique, prefeita de Monteiro, que sempre esteve com as portas abertas, vai ter que ter segurança. Meus filhos terão que se mudar porque todos nós estamos ameaçados de sermos seqüestrados. Vou fazer um apelo, não às autoridades da República, Polícia Federal e Procurador da República, vou fazer apelo aos senhores bandidos, assaltantes, marginais que tanto eu em minha vida trabalhei contra é para dizer que tudo isso que foi dito sobre apologia a minha riqueza não é verdade. Pelo amor de Deus não venham me seqüestrar e nem minha família.

Vocês vão matá-los e não vão receber o resgate. Como foi dito maldosamente na imprensa não só da Paraíba, mas de todo país, lamento muito. Tudo isso eu estou entregando em primeira mão numa pasta a Polícia Federal ainda hoje. 

Tudo sobre esses danos para que tenham pelo menos o cuidado de examinar isso. Agradeço a solidariedade de todos, inclusive dos deputados, que manifestaram a certeza que os fatos não tinham ocorrido como a imprensa tinha publicado, queriam sim, me ouvir e foi isso que fiz hoje, está gravado e com documentos em mãos. Agradeço também aos que precipitadamente manifestaram através dos jornais. 

Agradeço e perdoou porque não tenho mágoas para guardar. Aqueles que lamentavelmente emitiram precipitadamente juízo de valor sem me ouvir, sem antes tomar conhecimento da minha fala”, concluiu o deputado durante discurso na Assembleia Legislativa"

PB Agora

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