Depois que assumiu a liderança das investigações, o delegado de Polícia Civil Francisco de Assis Silva, adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios de Campina Grande, tem acelerado os levantamentos do inquérito que analisa a morte da aposentada Maria Concebida de Farias Cruz, de 65 anos, e, de seu filho, o estudante universitário Arthur de Farias Cruz, de 26 anos, que foram assassinados, na noite do último dia 23 de março, em uma estrada de terra que dá acesso ao sítio Manguape, na zona rural de São Sebastião de Lagoa de Roça.
Na manhã de quarta-feira, dia 13, a autoridade revelou ao Diário da Borborema, que o principal suspeito de ser o mandante e/ou autor do crime, já estava planejando a morte de mais duas pessoas que moram na cidade. A motivação para os delitos seria a mesma: Aldemir Nascimento de Sousa, o "Dié", de 24 anos, queria exterminar os agiotas a quem ele devia altas quantias em dinheiro.
A revelação, de acordo com o delegado, foi confirmada pelo próprio adolescente que também está apreendido e já confessou participação no duplo homicídio e nos planos para as outras duas mortes. Ouvido pela Promotoria de Justiça da comarca de Esperança (responsável também por São Sebastião de Lagoa de Roça), o adolescente 16 anos, contou com riqueza de detalhes, a estratégia montada por Aldemir. "Este depoimento já estamos analisando porque deveremos ouvi-lo também aqui na delegacia, no entanto, posso afirmar, inclusive com provas apresentadas pelos advogados das vítimas, que a dupla planejava assassinar mais duas pessoas ainda neste mês de abril em Lagoa de Roça. Para Ademir seria melhor matar os credores do que ter que pagar toda a sua dúvida que supera os R$ 90 mil", comentou Francisco de Assis Silva.
Nesta próxima sexta-feira, dia 15, a polícia vai começar a coletar os depoimentos de pessoas envolvidas com o caso. As duas pessoas, que também praticam atividades de agiotagem e seriam os próximos alvos do comerciante deverão ser os primeiros a prestar esclarecimentos.
O delegado também confirmou que os filhos de Maria Concebida também deverão ser ouvidos e os advogados irão apresentar novas informações sobre o caso. O trabalho deverá acontecer na sede da Delegacia de Homicídios e a imprensa não terá acesso, pelo menos a princípio, ao conteúdo dos depoimentos. Os dois acusados do duplo homicídio estão detidos por meio de um mandado de prisão temporária desde o último dia 23 de março.
DO DB online
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