O crime foi cometido por um motivo fútil, segundo apurou a polícia: “Ela contou que o menino estava dormindo e quando se levantou mexeu no celular. O aparelho caiu e o garoto deu um tapa na mão dela quando foi pegar o telefone. Nervosa, ela contou que pegou as duas mãos da criança e a arremessou com força na cama do casal. O menino bateu a cabeça na parede e desmaiou," explicou.
Ainda de acordo com o delegado, a dona de casa contou que o menino começou a espumar pela boca e com medo de ser presa, pegou o filho e o levou até a casa dos cunhados dela, que são tios do menino e estavam viajando: "No local ela tirou o forro do sofá, enrolou o menino em um lençol e o colocou lá. Depois voltou a colar o forro do móvel," esclareceu.
Policiais encontram o corpo do garoto Keven Gomes Sobral de 2 anos, dentro do sofá da casa de seu tio, na cidade de Ibirité (MG), na segunda-feiraFoto: Uarlen Valerio / O Tempo / Futura Press
O corpo da criança foi encontrado por uma tia, que chegou na casa e notou o mau cheiro vindo do sofá. A mulher então chamou o marido e eles encontraram o corpo. Foi própria mãe quem acionou a polícia, na última quinta-feira, dando notícia do desaparecimento do filho, dizendo que o menino teria sumido enquanto ela lavava roupas. O Corpo de Bombeiros chegou a fazer buscas na região.
A polícia começou a desconfiar da mulher a partir do momento em que ela tentou fazer a liberação do corpo no IML de Betim: "Ela parecia tranquila e não mostrava nenhum sentimento pela morte da criança. Durante as investigações ela foi ouvida e caiu em contradições várias vezes, culpando parentes e até o pai pelo crime", afirmou o delegado. "Por fim ela confessou", concluiu.
O menino estava desaparecido desde quinta feiraFoto: Uarlen Valerio / O Tempo / Futura Press
Marília Cristiane Gomes vai ser indiciada por homicídio e ocultação de cadáver. Ela teve a prisão preventiva decretada. Para os jornalistas, afirmou que quer pagar pelo crime e disse estar sofrendo muito: "Não tinha intenção de matar o meu filho, queria que alguém encontrasse o corpo, por isso chamei os bombeiros," disse.
O pai da criança, Claudio Ribeiro Sobral, 31 anos, disse que a mulher já havia batido no filho outras vezes, e que quando ele reclamava, "ela dizia que estava educando o filho". Claudio contou que o menino era bastante alegre e não tinha problemas de comportamento. Quando ouviu o depoimento da mulher, ele passou mal e teve que ser amparado por policiais.
Especial para Portal Terra
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