quinta-feira, 24 de julho de 2014

Polícia Civil prende acusado de abusar sexualmente das próprias filhas na Paraíba


Crimes aconteciam na Zona Rural do município de Mulungu; filha mais velha, que sofria abusos desde a infância, descobriu que o mesmo estaria acontecendo com a irmã mais nova

Reprodução
Cidade de Mulungu

Um servidor público aposentado de 59 anos foi preso pela Polícia Civil de Guarabira, nesta quinta-feira (24), sob acusação de abuso sexual das próprias filhas, uma de 19 e outra de 13 anos, na Zona Rural de Mulungu, a 85 km de João Pessoa.

De acordo com o delegado Ricardo Sena, da 8ª Delegacia Seccional de Polícia Civil de Guarabira, o caso havia sido registrado em janeiro deste ano, após descoberta feita pela filha mais velha.

“Ela sofria abusos, tendo, inclusive, relatado conjunção carnal com penetração, desde os 9/10 anos. Ao perceber que a irmã mais nova passou a apresentar um comportamento semelhante ao dela, quando tinha a mesma faixa etária, resolveu investigar e, por meio de questionamentos, descobriu que a menor também vinha passando pelo mesmo sofrimento”, disse o delegado.

Nesse momento, segundo ele, a moça se revoltou e resolveu expor a situação para o restante da família, revelando também o seu drama particular, que ainda acontecia. “A história chegou ao Conselho Tutelar e foi registrada na Delegacia da Mulher de Guarabira”, contou Sena.

O delegado comentou que, como não havia flagrante, o aposentado foi mantido em liberdade, mas afastado das meninas, que vivem com a mãe e são fruto de um relacionamento paralelo, tendo o acusado outros filhos com a primeira família.

“A partir de então, a Polícia Civil passou a investigar o caso, colhendo depoimentos de familiares e conhecidos. Algumas primas das garotas chegaram a relatar que já haviam sofrido algum tipo de abordagem maliciosa do acusado”, afirmou Ricardo Sena, explicando que esses outros casos deram força à acusação.

A Justiça, por meio da Comarca de Alagoinha, que engloba a região de Mulungu, expediu um mandado de prisão preventiva, cumprido nesta quinta. “É uma prisão cautelar, visto que o acusado ainda será julgado”, completou o delegado da Polícia Civil. Ele foi encaminhado à Cadeia Pública de Alagoinha, onde aguardará o andamento do processo.

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