Torcedores de Argentina e Alemanha na final da Copa do Mundo de 1990 - Pedro Martinelli
Eles já decidiram um título no lendário Estádio Azteca, na Cidade do México. Quatro anos depois, duelaram pela taça no Estádio Olímpico de Roma. Passados mais 24 anos, Alemanha e Argentina voltam a brigar pela Copa do Mundo no palco mais famoso do futebol internacional, o Maracanã. E a final deste domingo, às 16 horas (de Brasília), no Rio de Janeiro, passa a disputar com Brasil x Itália o status de maior clássico de todos os Mundiais. A partida já tem dois recordes garantidos: será a terceira decisão entre alemães e argentinos, algo inédito, e o sétimo confronto entre as seleções em Copas, igualando Brasil x Suécia, até hoje o embate mais frequente da história da competição. O peso das partidas disputadas entre os rivais deste domingo, no entanto, pode servir para desempatar as comparações com outros grandes confrontos – além das três finais, houve dois encontros em quartas de final, justamente nos últimos dois Mundiais – e com duas eliminações dos argentinos. Os alemães ganharam nos pênaltis depois de um empate (1 a 1) em Berlim, em 30 de junho de 2006, e massacraram por 4 a 0 na Cidade do Cabo, em 3 de julho de 2010. Nas duas decisões anteriores, placares bem mais apertados: 1 a 0 Alemanha na final de 1990, com gol do lateral Brehme, e 3 a 2 Argentina em 1986, com Burruchaga fazendo o gol decisivo no finzinho.
Antes das finalíssimas, alemães e argentinos já tinham se encontrado duas vezes na Copa, sempre na primeira fase: em 1966, com empate sem gols, em Birmingham, e em 1958, 3 a 1 para a Alemanha, em Malmo. No total, portanto, são seis encontros em Mundiais, com três vitórias alemãs, dois empates e apenas um triunfo argentino. Curiosamente, a vantagem se inverte quando entram na conta os amistosos e partidas por outras competições. No retrospecto geral do confronto, são vinte partidas, sendo nove vitórias argentinas, seis alemãs e cinco empates. Cada seleção marcou 28 gols na história do duelo. No último encontro, em 15 de agosto de 2012, deu Argentina, em Frankfurt, 3 a 1, gols de Messi, Di María e Khedira, contra (Höwedes descontou para os donos da casa). O camisa 10 argentino, aliás, é apenas um dos craques de primeiro escalão que já participaram do confronto. As finais de 1990 e 1986 tiveram Diego Maradona em campo, e o encontro no Mundial de 1966 teve Beckenbauer defendendo a camisa alemã. Neste domingo, no Maracanã, mais 22 jogadores terão a oportunidade de deixar seus nomes na história, com a consagração da segunda seleção tetracampeã mundial ou a coroação de mais uma tricampeã das Copas.
(Giancarlo Lepiani, do Rio de Janeiro)
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