sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Acidente no Aeroclube traz à tona medo de moradores do Bessa




A localização do Aeroclube da Paraíba, no meio da área residencial do bairro do Bessa, em João Pessoa, deve voltar a ser discutido nos próximos dias por conta da queda de uma pequena aeronave, que assustou as pessoas que moram nas redondezas do clube e reacendeu a discussão sobre a proximidade de prédios altos ao campo de pouso e decolagem.

Moradores do bairro reclamam dos riscos de morar tão perto dessa movimentação, sobretudo nos fins de semana quando o fluxo de aviões e ultraleves aumenta.

No entanto, o diretor do Departamento de Ultraleves, João Carlos, explicou que é justamente o contrário. "A presença do Aeroclube dentro da cidade traz mais segurança oferecendo espaço para transporte de doentes através de helicóptero ou avião para outros estados rapidamente, por exemplo", disse.

Ele lembrou que em setembro o assunto foi amplamente discutido inclusive na Justiça. "Foi questionado se os prédios no entorno do clube estavam sob risco e Aeronáutica foi chamada para fazer uma perícia. E com a exceção de um prédio, todos os demais estão fora da rampa (termo usado para o limite aéreo reservado para decolagens e pousos) do Aeroclube".

João Carlos disse ainda que o Corpo de Bombeiros está se organizando para montar uma estação dentro do clube com torre, veículos e mangueiras para aumentar a segurança no local. "Além de ser um ponto de apoio para eles em caso de emergência nos bairros próximos".

Na Justiça
Em 4 de setembro, o juiz da 1ª Vara Federal da Paraíba, João Bosco Medeiros de Sousa, determinou a desocupação e demolição de andares 19 prédios no bairro do Bessa. A decisão era de que fossem derrubados os apartamentos que foram construídos acima do limite de altura máxima permitido por lei. Os prédios estão localizados no entorno do Aeroclube e estariam situados em zona de segurança de navegação aérea.

Os moradores entraram com recurso no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) e derrubaram a decisão da 1ª Vara Federal. Mais tarde, segundo o diretor de Ultraleves, uma nova perícia da Aeronáutica foi feita e comprovou que os prédios construídos não atrapalham e nem estão sob risco de acidentes aéreos.

Do Paraíba 1

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