segunda-feira, 30 de agosto de 2010

NASF tem plano para combater catapora

Essas manchas , depois de dois ou três dias, crescem e mudam de aspecto. Tornam-se vesículas (folhas cheias de um líquido transparente). As bolhas podem aparecer em regiões delimitadas do corpo ou nele inteiro. Muitas vezes, os sinais aparecem também nas mucosas da boca, do nariz, dos olhos, entre outras.


Está havendo um surto de catapora na região. Várias cidades no entorno de Esperança apresentaram registros da doença nos últimos dias. A secretaria municipal de saúde, através do Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF, já está com um esquema montado para evitar que o surto chegue à cidade.
A catapora (varicela) se transmite com muita facilidade de pessoa para pessoa, por intermédio do contato direto ou por via aérea, a partir das secreções respiratórias. O índice de contágio no ambiente doméstico é de aproximadamente 90%. Nas escolas, sobretudo as que atendem crianças menores de 10 anos, o contágio ocorre de maneira muito rápida. É por esta razão que o bloqueio está sendo feito antes que a doença se instale.

O que é a catapora?

A catapora é uma doença altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela zoster, do grupo de vírus do herpes. Há muitos tipos de herpes, mas uma coisa que todos os vírus dessa família têm em comum é a capacidade de passar por uma fase de latência no corpo, após a infecção aguda, e só depois ser reativados.

Com a catapora, quando isso acontece, o adulto sofre de herpes zóster.

Também conhecida como varicela, a catapora provoca uma manifestação cutânea que coça e começa com pequenas lesões. Rapidamente, essas lesões viram bolhinhas cheias de um líquido transparente, que então secam e formam casquinhas. À medida que a doença avança, novas bolhas aparecem.

As manchas na pele costumam aparecer primeiro na cabeça, no rosto e no tronco, e depois se espalham para o resto do corpo. Às vezes podem surgir dentro da boca, como pequenas aftas, e nos órgãos genitais. Crianças podem ter de 250 a 500 bolhinhas, embora seja possível ter apenas umas poucas.

No caso de bebês, eles tendem a ficar cansados e podem apresentar uma pequena febre. Além disso, podem perder o apetite e, nos dias que precedem a manifestação cutânea, ficar com o nariz escorrendo e um pouco de tosse.

No Brasil, já há vacina contra a varicela, embora ainda não como parte do calendário oficial de imunizações do governo. Isso quer dizer que a vacina é paga, aplicada em clínicas privadas. A vacinação é dada em duas doses: a primeira só com 1 ano de idade, e depois um reforço aos 5. A imunização previne contra formas mais graves de catapora e contra complicações.


Como se dá o contágio?

O vírus é transmitido pelo contato entre pessoas, através de espirros, tosse, catarro, ou pelo contato com as lesões, na fase da formação das vesículas, ou bolhinhas. A maioria das crianças tem catapora bem novas, quando a doença geralmente se manifesta de uma forma mais branda, embora haja risco de complicações. Em jovens e adultos, contudo, a catapora pode ser mais séria.

O período de incubação, isto é, o período entre o contágio e o aparecimento de sintomas, varia de duas a três semanas. A criança fica contagiosa cerca de dois dias antes das primeiras manifestações cutâneas até que elas tenham secado (algo que pode levar até 10 dias).


Há algum risco para mulheres grávidas?

Crianças com catapora devem ser mantidas longe de gestantes que nunca tiveram a doença, já que ela pode causar problemas para o feto. Evite também que seu filho doente entre em contato com bebês muito pequenos e crianças com alguma deficiência imunológica.


Existe tratamento específico para a catapora?

Caso o contato com uma criança doente tenha acontecido há menos de 48 horas, e seu filho não for vacinado, fale com o pediatra, pois ele pode recomendar a imunização, que pode conseguir evitar a doença.

Medicamentos antivirais só costumam ser administrados a crianças mais vulneráveis a problemas sérios de saúde. Mesmo assim, sempre consulte o pediatra se achar que seu filho pode estar com catapora.

Enquanto o bebê estiver se recuperando, o melhor que você pode fazer é ajudar a aliviar a coceira nas feridinhas. Dê banhos mornos a cada três ou quatro horas e experimente colocar permanganato de potássio, maisena ou aveia (coloque uma porção em um paninho fechado) na água. O permanganato só é vendido em farmácias de manipulação, por isso você vai precisar de receita médica.

A pasta d'água também pode ser usada para aliviar a coceira. É difícil, mas tente evitar que o bebê coce as feridinhas, o que pode retardar o processo de cura. Lesões malcuradas podem deixar cicatrizes e até levar a infecções de pele. Procure manter as unhas do seu filho bem curtinhas. Se alguma ferida infeccionar, fale com o médico, pois ele vai receitar um creme antibacteriano.

Controle a febre com a dose recomendada pelo médico de paracetamol ou ibuprofeno. Nunca dê aspirina a crianças pequenas, já que o remédio pode provocar uma condição rara, mas potencialmente fatal, chamada síndrome de Reye.

Se o bebê estiver muito incomodado, o pediatra poderá prescrever algum anti-histamínico para ajudar a reduzir a coceira.

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