quinta-feira, 12 de junho de 2014

Tribunal de Justiça da Paraíba aposenta juiz afastado por suposta conduta ilícita

Relator afirma que a conduta do magistrado foi incompatível com a dignidade, honra e decoro da função jurisdicional; ele havia sido afastado do cargo desde o dia 27 de agosto de 2013 Durante sessão desta quarta-feira (11), o Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu aposentar compulsoriamente, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço, o magistrado Mário Lúcio Costa Araújo, titular da comarca de Picuí. Ele havia sido afastado do cargo no dia 27 de agosto de 2013 em virtude de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado pela Corte, objetivando investigação de condutas ilícitas apuradas pela Corregedoria Geral do Estado, relacionadas à concessão de alvarás judiciais e à retirada de dinheiro de pessoas falecidas. A relatoria do processo foi do desembargador João Alves da Silva, que afirmou que a conduta do magistrado foi incompatível com a dignidade, honra e decoro da função jurisdicional. De acordo com o PAD, o juiz chegou a autorizar, de forma irregular, a liberação de valores superiores a R$ 1 milhão, favorecendo os advogados José Dutra da Rosa Filho e Moisés Duarte Chaves, com os quais mantinha amizade íntima, nas ações relacionadas aos alvarás. Os documentos eram remetidos diretamente aos bancos, sem passar pela respectiva serventia judicial. O relator afirmou ainda que quase 90% das pessoas que requereram as ações residiam em outros Estados da Federação, e não na comarca onde atuava o magistrado (Picuí). O desembargador João Alves analisou as faltas como gravíssimas, diante dos prejuízos causados aos jurisdicionados, “com a efetiva participação do magistrado no esquema, quebra do dever de imparcialidade e do reiterado procedimento incorreto, demonstrado pela prática de impulsos processuais arbitrários e fraudes na liberação de valores por meio de liminares”. A penalidade máxima aplicada na esfera administrativa está prevista na Lei Orgânica da Magistratura Nacional. O relator também determinou a remessa de cópia dos autos ao Ministério Público Estadual, para apuração dos fatos e avaliação da propositura de ação por atos de improbidade administrati PORTAL CORREIO

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