quarta-feira, 11 de junho de 2014

Corpo de poeta vai ser sepultado hoje em CG

Corpo do poeta e cordelista Manoel Monteiro foi velado no Teatro Severino Cabral e enterro acontece na manhã desta quarta-feira (11). Primeiros momentos da cerimônia foram restritos a familiares do poeta, que deixa esposa e sete filhos Familiares, amigos, ativistas culturais e autoridades velam, desde o início da noite de ontem, o corpo do poeta e cordelista Manoel Monteiro, encontrado morto no último sábado, na cidade de Belém (PA). O velório teve início por volta das 18h, no Teatro Municipal Severino Cabral, minutos após a chegada do corpo ao Aeroporto João Suassuna. Já o sepultamento ocorrerá no final da manhã de hoje, no cemitério Campo Santo Parque da Paz. A previsão é de que o cortejo deixe o teatro por volta das 10h. Os primeiros momentos da cerimônia foram restritos a familiares do poeta, que deixa esposa e sete filhos. Ao falar sobre o pai, a advogada Kátia Monteiro agradeceu as manifestações de carinho e se emocionou ao falar sobre as lições deixadas pelo cordelista. “É sempre bom sentir esse reconhecimento de seus amigos e colegas. Para nós, resta a imagem de um homem íntegro, com posições firmes, mas muito dedicado à causa que abraçava, sempre tentando trazer o que havia de melhor para a literatura de cordel, incentivando a cultura e a leitura. Para os familiares fica também a lembrança de um pai que nos deixa um exemplo de dedicação e de luta pelos seus ideais, buscando a liberdade e a felicidade”, disse. Sobre a possibilidade de Manoel Monteiro ter se matado, Kátia disse apenas que o poeta estava se sentindo triste e tinha problemas de saúde. “Meu pai sempre teve um espírito muito independente e poético, então nós entendemos e aceitamos a sua decisão”, acrescentou. Para quem conviveu e conhecia de perto a obra deixada por Manoel Monteiro, o sentimento é de tristeza, mas também de agradecimento por sua contribuição para a literatura de cordel. Segundo o presidente da Associação de Repentistas e Poetas Nordestinos, Tião Lima, da qual Manoel era sócio, ele foi o responsável por resgatar a tradição dos cordéis. “Falar de Manoel Monteiro é falar do maior cordelista do Brasil da atualidade. O que nós resta dessa tristeza é o legado histórico e o impulso que ele deu ao cordel, que estava praticamente acabado. Com ele o cordel apareceu, renasceu”, declarou Tião, fazendo questão de homenageá-lo da forma mais original possível, através dos versos: “Nosso Manoel Monteiro, que foi mesmo um grande artista, Campina perdeu um vate e Deus ganhou um cordelista”. Déborah Souza Leonardo silva Jtrnal da Paraíba

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