segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Especialistas recomendam que adultos deixem "modernismo" e voltem a tomar leite
Bebida sofre com teorias negativas sobre o seu consumo
O Ministério da Saúde americano adverte: a intolerância ao leite é rara e o produto está liberado para grande parte dos adultos, e não o contrário. Não se justifica retirá-lo da dieta sem ter certeza de que o problema realmente existe. O alerta feito nos Estados Unidos tenta combater teorias contra o leite que ultrapassaram as fronteiras e chegaram a vários países, entre eles o Brasil.
Por aqui, cientistas organizaram um tribunal científico sobre o produto, cujas análises foram publicadas no livro Leite para Adultos - Mitos e Fatos Frente à Ciência (Editora Varella).
O leite de vaca é saudável, apontam. A intolerância e as alergias são raras. E não há evidências científicas de que cause doenças respiratórias como a asma, por exemplo. Por outro lado, ainda é controverso que o leite seja benéfico para úlceras, como diz a sabedoria popular.
A nutricionista Adriane Antunes, professora de Nutrição na Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas e uma das organizadoras do livro, ao lado de Maria Teresa Pacheco, do Instituto de Tecnologia de Alimentos, de São Paulo, diz que "o "leite é um alimento muito rico do ponto de vista nutricional e seu consumo por pessoas sem componentes restritivos é salutar".
Segundo Adriane, cortar o leite na idade adulta se tornou um tipo de modismo, impulsionado por polêmicas como as geradas pelas campanhas que nasceram nos EUA: a Got Milk? - pela substituição dos refrigerantes pelo leite - e Not Milk - pelo veto do produto nas dietas em razão de supostos riscos do alimento.
Não há motivo, portanto, para a maioria da população não seguir a orientação que consta no Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, que recomenda três porções de leite e derivados por dia - uma porção é um copo de leite, por exemplo.
...Segundo o documento, o leite é a melhor fonte de cálcio, mineral essencial para a saúde dos ossos, mas o país registra redução de consumo. A recomendação só não deve ser seguida se houver diagnóstico claro de problemas, como as alergias e a intolerância - possível por meio de testes específicos. No entanto, alguns profissionais no Brasil ainda defendem restrições com veemência para alguns pacientes.
Do R7
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