Estresse leva à superprodução de células de defesa,
os glóbulos brancos. Excesso delas se acumula na parede das artérias e
dificulta circulação.
Cientistas
afirmaram neste domingo (22) ter descoberto como o estresse crônico leva a
ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs): provocando a
superprodução de glóbulos brancos, células de defesa do organismo, que em
excesso podem ser prejudiciais à saúde.
O excedente de
células se acumula nas paredes das artérias, reduz o fluxo sanguíneo e favorece
a formação de coágulos que bloqueiam ou interrompem a circulação.
Os glóbulos brancos
"são importantes para combater e curar infecções, mas se você os têm em
excesso ou se estiverem no lugar errado, podem ser nocivos", afirmou o
coautor do estudo, Matthias Nahrendorf, da Escola de Medicina de Harvard, em
Boston.
Há muito tempo os
médicos sabiam que o estresse crônico leva a doenças cardiovasculares, mas não
entendiam o mecanismo.
Modelo de estresse
Para descobrir este
vínculo, Nahrendorf e uma equipe de pesquisadores estudaram 29 residentes
médicos que trabalham em uma unidade de cuidados intensivos. Esse ambiente de
trabalho é considerado um modelo para a exposição ao estresse crônico, por
conta do ritmo acelerado e da grande responsabilidade de tomar decisões de vida
e morte.
Ao comparar
amostras sanguíneas retiradas durante as horas de trabalho e de folga, assim
como os resultados de percepção de estresse de questionários, os cientistas
encontraram um vínculo entre o estresse e o sistema imunológico.
Eles notaram,
particularmente, que o estresse ativa células-tronco da medula espinhal, que
por sua vez levam à superprodução de glóbulos brancos, também chamados de
leucócitos.
Os glóbulos
brancos, cruciais na cicatrização de ferimentos e no combate a infecções, podem
se voltar contra o próprio organismo, com consequências devastadoras para
pessoas com doenças como arteriosclerose, ou seja, o espessamento das paredes
das artérias provocado pelo acúmulo de placas.
Ratos
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