sábado, 6 de novembro de 2010

PF oferece detalhes acerca da ´Operação Cara de Pau´

A Força Tarefa Previdenciária, composta por servidores da Previdência Social, Departamento de Polícia Federal e Ministério Público Federal, deflagrou nesta quinta-feira, 4, a Operação Cara de Pau na cidade de Patos e outros municípios do Sertão Paraibano, quando quatro pessoas foram presas, como resultado de flagrantes, e duas conduzidas para prestarem esclarecimentos por envolvimento em fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Estado da Paraíba.

A Polícia Federal também cumpriu mandado de busca e apreensão na Penitenciária de Segurança Máxima Procurador Romero Nóbrega e o diretor daquela instituição foi afastado imediatamente por decisão judicial proferida pela Justiça Federal.

Durante a busca, a Polícia Federal encontrou sob responsabilidade do Diretor um carregador e 41 munições de calibre 9 mm.

Em razão de o carregador e das munições serem de calibre restrito, o Diretor foi autuado no art. 16 da Lei 10.826/2003 por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e em seguida encaminhado ao 3º Batalhão da Polícia Militar de Patos por ser oficial da Policia Militar aposentado.

A operação Cara de Pau levou este nome em razão de o grupo criminoso utilizar o mesmo modus operandi da Operação Cárcere, deflagrada em 2007 na mesma região da Paraíba, resultando em concessão do benefício previdenciário auxílio-reclusão para dependente de pessoas declaradas reclusas, com uso de certidões carcerárias falsas ou com dados adulterados e registros de paternidade retroativos.

A retroação da paternidade e, consequentemente, do benefício, gerava pagamento de valores elevados, alguns deles chegando a 80 mil reais, o que chamou a atenção do Monitoramento Operacional de Benefícios do INSS, levando-o a acionar a Força-Tarefa Previdenciária.

A presteza da ação da Força Tarefa Previdenciária foi determinante para interromper as atividades do grupo criminoso enquanto as irregularidades estavam começando. Segundo avaliação preliminar, cerca de 15 benefícios foram concedidos irregularmente, somando mais de 300 mil reais de prejuízo aos cofres da União.


Da Redação com Ascom

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