quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Ricardo sugere governo 'a dois' até o fim do mandato de Maranhão


Ricardo sugere governo 'a dois' até o fim do mandato de Maranhão
Muito cansado, o governador eleito, Ricardo Coutinho (PSB), diz que ainda não poderá ter folga por conta da transição de governo. "Espero que o atual governante entenda que seguir de maneira dupla até o fim do mandato é o melhor para a Paraíba", disse no início da tarde desta quarta-feira (3) em entrevista à 101 FM e Rede Paraíba Sat, na esperança de ter sua equipe de transição aceita no atual governo.
Depois de meses de campanha eleitoral acirrada e, desde domingo, dando entrevistas sem parar a vários veículos de comunicação, Ricardo contou que tem dormido muito pouco e que ainda deve viajar para Brasília esta semana para um encontro nacional de seu partido. "Além dos meses de campanha viajando muito, passando noites em claro, agora que vencemos temos muito trabalho a fazer e já começamos.

Sobre o que espera do momento de transição, o ex-prefeito da Capital disse que gostaria de ter acesso às contas do estado para poder começar a se organizar e até opinar. "Eu tenho medo do que vamos encontrar em janeiro", confessou completando que tem informações de que hospitais estão "em ponto de falência no interior, com dívidas tão antigas que nenhum fornecedor quer vender mais nada para eles".

"É desse tipo de dívidas que precisamos nos livrar rapidamente e não é fazendo novas contas que isso será possível. Logo que assumirmos vamos organizar as contas, ver o que precisa ser quitado imediatamente e o que pode ser negociado", explicou Ricardo, que pretende criar uma equipe de transição para acompanhar de perto os últimos movimentos desta administração.
"O que tem que ser visto é que não tem cabimento um governo que está terminado decidir o orçamento do que está por começar, mas eu acredito que a Assembleia Legislativa vai saber entender isso e não não deixar passar qualquer coisa", disse se referindo ao fato que de o orçamento do estado precisa ser aprovado pela Casa de Epitácio Pessoa.

Em relação à "PEC 300", o socialista disse não caber a ele questionar. "Se for dentro da legalidade nós vamos pagar", disse. Mas que ele não impede que ninguém o faça. "Há um advogado que já questionou em um blog o fato de a lei ter sido assinada quando o governador estava licenciado e que foi sancionada um dia antes da eleição", apontou.


Ricardo Coutinho ainda disse que pretende entrar em um movimento nacional de crescimento da economia. "Temos vizinhos que recebem mais verbas do que nós e temos que aproveitar isso. Inclusive na área da segurança, temos que montar um plano conjunto para combater a violência e acabar com o problema de assaltos e tráfico no interior e próximos das fronteiras", explicou.

Ele pretende ligar "imediatamente" as casas construídas em conjuntos habitacionais de sua gestão à frente da prefeitura de João Pessoa, "esta tudo pronto e saneado, só falta a Cagepa ir lá e ligar". Segundo ele, a Cagepa pode ser melhorada com uma Parceria Público-Privada e passar a funcionar melhor. "A única coisa que faço questão é que seja uma parceria boa para Paraíba e não somente para a empresa".

PB 1

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