quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Após dois anos: justiça julga nesta 5ª, em JP, o mentor do estupro coletivo de Queimadas

Após dois anos: justiça julga nesta 5ª, em JP, o mentor do estupro coletivo de Queimadas
 O julgamento do principal acusado do denominado do estupro coletivo que ficou conhecido como o“Caso Queimadas” acontecerá nesta quinta-feira, dia 25 de setembro, às 14h, no 1º Tribunal do Júri de João Pessoa, no Fórum Criminal da Capital. O principal réu da barbárie que ganhou repercussão nacional, Eduardo dos Santos Pereira, acusado de ser o mentor e principal do crime, enfrentará o Júri Popular.


O Julgamento será presidido pelo juiz Antônio Maroja Limeira Filho, em substituição ao magistrado titular do Júri, Marcos William de Oliveira. Pelo Ministério Público vai atuar o promotor Francisco Antônio de Sarmento Vieira. A defesa do réu será feita pelo advogado Harley Hardemberg Medeiros Cordeiro. Sete testemunhas de acusação e uma de defesa estão sendo aguardadas para o Júri.


De acordo com informações do diretor do Fórum Criminal da Capital, juiz Geraldo Emílio Porto, vai ser disponibilizado um telão para a transmissão ao vivo do julgamento, no 6º andar do Fórum. “Se espera muita gente, pela repercussão do caso. Por isso, esse espaço será preparado e terá capacidade, em média, para oitenta pessoas”, adiantou.


Conforme informações da gerente do Fórum, Liana Urquiza de Sá, o Plenário do 1º Tribunal do Júri tem capacidade para 80 pessoas, algumas fileiras serão reservadas para familiares e as demais estarão abertas ao público, em geral.


Caso Queimadas

O caso ocorreu em 12 de fevereiro de 2012, resultou nas mortes de duas vítimas, a professora Isabela Pajuçara Frazão Monteiro, de 27 anos, e a recepcionista Michelle Domingues da Silva, de 29 anos, que foram assassinadas por terem reconhecido os agressores. O caso ganhou repercussão nacional.

O caso do estupro coletivo (0000322-76.2012.815.0981) foi desaforado da comarca de Queimadas, após solicitação do Ministério Público e da defesa do acusado, acatado em decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, que entendeu, por unanimidade, que essa determinação permitirá uma decisão imparcial por parte do Júri.

Na época, o juiz da 1ª Vara mista da comarca de Queimadas, Antônio Gonçalves Ribeiro, declarou que o desaforamento foi uma decisão justa, por se tratar de um caso muito “clamoroso”, que tinha animosidade da população, com vítimas que eram da cidade.


Promotor diz que provas contra acusados são fortes

O promotor Francisco Sarmento, responsável pela acusação de Eduardo dos Santos Pereira, declarou a imprensa paraibana que as provas muito forte contra o acusado.

“Vamos mostrar essas provas aos jurados e pedir a condenação pela prática dos estupros e também dos homicídios”, declarou o promotor Francisco Sarmento, responsável pela acusação de Eduardo dos Santos Pereira. O réu é apontado como sendo o mentor e principal executor do crime que ficou conhecido como Barbárie de Queimadas, município localizado no Agreste da Paraíba.


O crime aconteceu em fevereiro de 2012, quando cinco mulheres foram estupradas e duas delas assassinadas após reconhecerem os agressores. Outros nove envolvidos no caso já foram julgados e setenciados.


Eduardo dos Santos vai a júri popular nesta quinta-feira (25), às 14h, no 1º Tribunal do Júri deJoão Pessoa, no Fórum Criminal. Um telão será disponibilizado para a transmissão ao vivo do julgamento, no 6º andar do Fórum. O G1 também entrou em contato com o advogado de Eduardo, Harley Hardemberg, mas ele preferiu não adiantar a tese da defesa por ser um “júri difícil”.


A expectativa de Francisco Sarmento é de que ele seja condenado por todos os crimes pelos quais está sendo acusado e que seja condenado a uma pena alta. “Foi um crime de uma violência inacreditável. Dois homicídios triplamente qualificados e cinco estupros. As qualificações são pelo motivo torpe, pela crueldade, pela impossibilidade de defesa das vítimas e por ter sido praticado para encobrir outro crime”, explicou o promotor.


Seis homens - Luciano dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues - foram condenados pelos crimes de cárcere privado, formação de quadrilha e estupro. Eles cumprem penas entre 26 e 44 anos de prisão em regime fechado no presídio de Segurança Máxima PB1, em João Pessoa. Enquanto aguarda julgamento, Eduardo Santos também cumpre prisão preventiva no PB1.

Três adolescentes também foram julgados e sentenciados a cumprir medidas socioeducativas no Lar do Garoto.


PBAgora

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