A campanha pretende identificar casos suspeitos de hanseníase, através do “método do espelho”; referenciar os casos identificados para a rede básica de saúde, para confirmação diagnóstica e tratamento; reduzir a carga parasitária de geo-helmintos em escolares mediante tratamento químio-profilático; identificar casos de tracoma mediante busca ativa e tratar os casos positivos e seus contatos domiciliares.
As Secretarias Municipais de Saúde estão inserindo os dados no sistema de informação criado para monitorar essa campanha (FORMSUS) e a SES está assessorando os municípios, tanto na realização da campanha como no monitoramento e avaliação dos resultados obtidos.
Os 50 municípios paraibanos que fizeram adesão à campanha são: Água Branca; Alagoa Nova; Alhandra; Araçagi; Araruna; Aroeiras; Bananeiras; Bom Sucesso; Boqueirão; Brejo do Cruz; Cabedelo; Cacimba de Dentro; Cacimbas; Cajazeiras; Cajazeirinhas; Campina Grande; Casserengue; Catolé do Rocha; Cuitegi; Damião; Esperança; Guarabira; Imaculada; Itatuba; Jericó; João Pessoa; Juru; Lucena; Mamanguape; Manaíra; Patos; Pedra Lavrada; Pilões; Pirpirituba; Pitimbu; Picuí; Princesa Isabel; Queimadas; Riachão; Santa Cecília; Santa Rita; Santana de Mangueira; São Bento; São José de Espinharas; São José de Princesa; São Sebastião de Lagoa de Roça; Sapé; Sousa; Tavares e Vieirópolis.
“Nesta campanha, estamos tentando sensibilizar professores, alunos e familiares. A criança só toma a medicação com autorização dos pais e os efeitos colaterais são mínimos (dor de cabeça e enjôo, em raras situações)”, alertou.
Para Bernardo, além do desenvolvimento da educação, o saneamento básico é imprescindível. “Os gestores precisam estar em constante busca pelas melhores condições de vida da população. Precisamos mudar nossas condutas de higiene, exigir medidas sanitárias mais sérias no saneamento básico, bem como no treinamento e controle sanitário de restaurantes, bares, lanchonetes, escolas e tudo que se relacione à veiculação de água e alimentos”, afirmou.
Hanseníase – Por ano, surgem cerca de 700 novos casos de hanseníase no Estado. Os dados parciais afirmam que em 2014 já existem 300 novos casos. Em 2012, 49 crianças (menores de 15 anos) foram diagnosticadas com hanseníase e em 2013 o número caiu para 29. De acordo com Mauricélia, o número ainda é alto. “Quando a criança adoece de hanseníase é porque existe um adulto próximo a ela que está transmitindo há muito tempo – é preciso ter um contato íntimo e prolongado para que haja a transmissão”, explicou.
“Nós queremos buscar os casos que já existem e, a partir disso, conscientizar as pessoas sobre a existência da doença. As crianças são ótimas fontes de disseminação de informação e, dessa forma, adquirem conhecimento e passam para os pais, mostrando que também é importante eles se auto-examinarem”, pontuou.
A hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa causada por um bacilo denominado Mycobacterium leprae. Não é hereditária e sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada. Os sintomas incluem sensação de formigamento; fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele aparentemente normais que têm alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer local do corpo e diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).
A hanseníase tem cura e o tratamento é feito nas unidades de saúde gratuitamente. A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento da hanseníase é via oral, constituído pela associação de dois ou três medicamentos e é denominado poliquimioterapia.
Tracoma – Tracoma é uma doença oftálmica altamente contagiosa, de etiologia bacteriana, causadora de comprometimentos na córnea e na conjuntiva. Provoca fotofobia, dor e lacrimejamento, podendo levar à cegueira. É causada por infecção bacteriana crônica deflagrada pelo micro-organismo Chlamydia trachomatis, transmitida por moscas caseiras e falta de higiene.
Se não for tratada adequadamente com antibióticos orais, os sintomas poderão causar cegueira, resultado da ulceração e cicatrização da córnea. A doença pode ser efetivamente tratada com azitromicina, cirurgia, antibióticos e boas condições de higiene.
Secom
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