sábado, 18 de outubro de 2014

Órgão dos EUA investiga se denúncia sobre Petrobras prejudicou acionistas

 O órgão que regula o mercado financeiro dos Estados Unidos está investigando se as denúncias de desvio de dinheiro da Petrobras infringiram a lei anticorrupção americana e prejudicaram os acionistas da empresa com ações em Nova York, informa relatório enviado pela consultoria brasileira Arko aos seus clientes.


Segundo o relatório da Arko, a investigação está sendo conduzida pela SEC (Securities and Exchange Commission), que é o correspondente à Comissão de Valores Mobiliarios, que regula as atividades do mercado financeiro no Brasil. Vinte o oito advogados e analistas americanos estariam trabalhando no caso.

O G1 procurou a assessoria da Petrobras para saber se a empresa se manifestará sobre o assunto, e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem. De acordo com as informações do relatório, empresas que prestam serviços à Petrobras podem ser chamadas para dar esclarecimentos às autoridades americanas. As conclusões preliminares da investigação poderão se referir não só ao mercado acionário, mas também a área criminal.

Os americanos apuram as denúncias de corrupção em contratos da Petrobras porque a companhia tem açõesnegociadas na Bolsa de Valores de Nova York e precisa seguir regras de conduta, entre as quais as normas anticorrupção.

Se os americamos concluírem que houve desrespeito às leis de mercado e que isso causou prejuízo aos acionistas, poderão aplicar multas às empresas e a também à Petrobras.

Segundo a consultoria Arko, a investigação americana está baseada nas informações de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, que, mediante acordo de delação premiada, revelou à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal um suposto esquema para desviar dinheiro de contratos e repassar os valores a partidos políticos, doleiros e a diretores da estatal.

G1

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