O diretório da Rede Sustentabilidade não chegou a um consenso quanto ao apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB), mas firmou posição em não apoiar Dilma Roussef (PT) no segundo turno das eleições à Presidência. De acordo com Walter Feldman, porta-voz da Rede Sustentabilidade, cerca de 20 integrantes do diretório se reuniram na noite desta terça-feira (7), por meio de teleconferência.O não apoio à reeleição de Dilma deverá ser ratificado em nova reunião do diretório, a partir das 19h desta quarta-feira (8), de acordo com Feldman. "Eu diria que são posições já firmadas, o não à continuidade do atual governo, porque a Rede (Sustentabilidade) entende que a alternância de poder é fundamental na democracia. E ficaria dificultada (a alternância) com a vitória do atual governo", afirmou Feldman, já na madrugada desta quarta-feira.Outro motivo, segundo Feldman, seria o empenho dos petistas para que a Rede não obtivesse o registro a tempo de lançar candidatura própria no pleito deste ano. "O PT trabalhou na questão da não aprovação da Rede Sustentabilidade, tanto por conta das dificuldades do seu registro, como na aprovação de lei que impede a criação do fundo partidário e na utilização do tempo da televisão. Na nossa avaliação, é uma agressão à democracia muito grande", disse.Segundo o porta-voz da Rede, a segunda posição firmada é de uma manifestação pela mudança na políticabrasileira. "Por uma mudança, porém qualificada; não apenas uma mudança. Dar uma substância, um conteúdo, para que a mudança seja sintonizada com o desejo da sociedade brasileira", completou.Feldman disse que a Rede tem feito consultas informais com seus correlegionários por meio de pesquisas de telemarketing e estas apontaram que 73% são favoráveis a um eventual apoio a Aécio Neves e que de 10% a 15% seriam pró-Dilma. Mas que mesmo assim ainda não há um consenso em se apoiar Aécio Neves no segundo turno. Como o apoio não foi definido, também não foram discutidos acordos em torno de propostas de programa de governo com o PSDB, segundo Feldman.
Marina Durante a tarde desta terça-feira (7) Feldman esteve no apartamento da candidata derrotada Marina Silva, no bairro Vila Nova Conceição, Zona Sul de São Paulo, onde os dois conversaram por cerca de uma hora. Segundo Feldman, Marina deve seguir o posicionamento da Rede. "A Rede trabalha com consenso", disse. "A Marina quer ouvir a Rede."
A Rede Sustentabilidade é o grupo político de Marina Silva, que se abrigou no PSB para poder concorrer neste ano. Marina não conseguiu obter registro na Justiça Eleitoral a tempo de que a Rede pudesse disputar a eleição como um partido. Na tarde desta quarta, a Comissão Executiva Nacional do PSB se reunirá em Brasília. Após a reunião, deve ser anunciada oficialmente a posição do partido.
G1
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